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domingo, 6 de novembro de 2011

Algumas considerações...

Em relação as interações e tipos de interações que podem ser realizadas entre os participantes de uma comunidade, Gomes (2007), coloca que no caso de um curso de EaD é necessário uma série de ferramentas que promovam a interação e a cooperação, tais como chat, fórum, listas de email, que podem ou não estar presentes em um determinado ambiente. Além disso, também são necessárias algumas ferramentas administrativas para controlar ao cesso e a frequência e para garantir que seja feita uma avaliação correta sobre o trabalho desenvolvido pelo estudante durante o curso.
Sendo assim, muitas vezes na EaD os professores e alunos encontram-se separados geograficamente, vivendo realidades diferentes. Com isso, a troca de informação entre eles se torna complicada, chegando a ser uma das principais causas de desistências de cursos, já que muitas vezes o aluno não está acostumado com o tipo de cultura tecnológica pretendida para um aluno de EaD.
Neste sentido, para facilitar o entendimento, Gomes (2007), coloca a distinção entre separar todas ferramentas que compõem um ambiente de EaD. São elas: ferramentas de cooperação e interação (fórum, lista de discussão, mural, wiki e chat); ferramentas específicas de trabalho (quadro branco, diário de bordo, portfólio, mapas conceituais); ferramentas de coordenação (estrutura, material de apoio, guia do aluno e do tutor, tutorial) e ferramentas de monitoramento (acesso, atividades realizadas, uso de ferramentas).
Dessa forma, depois de algumas fundamentações sobre os tipos de interações, em relação a pergunta que foi proposta e que orientará a discussão em se tratando de quais são as interações que podem contribuir de forma positiva e negativa na sala de aula, pelas leituras que fiz constatei que a interação professor-aluno só é positiva quando a necessidade de ambos é atendida, quando há uma cumplicidade, quando os interlocutores são parceiros de um jogo; o jogo da linguagem, do diálogo, que é algo fundamental. É casar interação com conversação e isso mesmo em um curso a distância é de extrema importância que ocorra a relação de confiança e comunicação entre professor-aluno. Já no entender de Maia e Mattar (2007, p. 9), “as novas tecnologias geram, sem dúvida, maior interação de professores e alunos, e mesmo entre os próprios alunos, possibilitando justamente a combinação da flexibilidade da interação humana com a independência no tempo e no espaço”.
E relação ao artigo sugerido para leitura, Primo (2005) coloca diversos enfoques sobre a interatividade oferecendo no artigo uma crítica aos focos que limitam o olhar, onde na sua análise interação é uma “ação entre” os participantes do encontro. Sendo assim, no enfoque transmissionista, a cadeia emissor-mensagem-canal-receptor, coloca que o emissor é agente criativo que molda a mensagem que deverá afetar o outro pólo, o receptor.
Em relação a questão colocada em discussão sobre se a interação mediada por computador pode potencializar o diálogo entre estudantes e professores, Primo (2005) coloca que por depender de um aparato tecnológico, recebe normalmente um tratamento teórico que destaca as características técnicas da máquina e das redes. Para tanto, reforça que segundo Steuer (1993) a interatividade se define como a extensão em que os usuários podem participar modificando a forma e o conteúdo do ambiente mediado em tempo real. Sendo que a interação não deve ser vista como uma característica do meio, mas como um processo desenvolvido entre os interagentes. Neste sentido, essa interatividade se diferenciaria de termos como engajamento e envolvimento, sendo uma variável direcionada pelo estímulo e determinada pela estrutura tecnológica do meio.
No meu entender, com certeza existe sim a oportunidade e a tendência de que a interação mediada por computador pode potencializar o diálogo entre estudantes e professores, pois é crescente a participação dessas ferramentas no processo ensino-aprendizagem e com o uso destas tecnologias aliadas com muita disciplina e interação os estudantes só tem a ganhar para o seu aprendizado, mas saliento que conforme Favero e Tarouco (2008) a infra-estrutura que envolve essas tecnologias funcione corretamente e que os educandos e professores/tutores conheçam como funcionam, para que assim seja possível interações eficazes entre eles.




REFERÊNCIAS

FAVERO, R. V. M.; TAROUCO, L. M. R. Comunidades virtuais: construindo o conhecimento através da interação. Revista Novas Tecnologias na Educação, CINTED-UFRGS, v. 6, n 1, p.1-11, jul, 2008.

GOMES, T. S. L. Desenvolvimento de ambientes virtuais: novo desafios. In: COLOMBO, S. S. (Coord.). Gestão educacional: uma nova visão. Porto Alegre: Artmed, 2007.

MAIA, C.; MATTAR, J. ABC da EaD. A educação a distância hoje. 1. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

PRIMO, A. Enfoques e desfoques no estudo da interação mediada por computador. 404NotFound, n. 45, 2005. Disponível em: .

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